Crônicas de Asunción
Uma sala, uma
turma e muitos sonhos. Mas o que são sonhos, se não as aspirações que
objetivamos para nossa vida pessoal e profissional, muito mais que desejos, são
afirmações de algo que pretendemos tomar realidade, não para satisfazer um ego,
mas para nos tornar, no nosso caso, agentes do conhecimento com uma propriedade
mais ampla na missão de educador.
Somos uma
turma, e como tal temos nossas particularidades, nossos anseios nossas
experiências de vida.
Vamos às
impressões captadas sobre esses guerreiros e guerreiras do mundo fascinante
chamado educação. Iniciamos com a cidade de Redenção; Essa cidade não nos deu
somente o exemplo de liberdade, da coragem de dizer não ao absurdo do cativeiro
humano, ela nos deu seis pérolas que nos conquistaram pelo dinamismo, simpatia,
inteligência, simplicidade e solidariedade.
Canindé, terra
da religiosidade, onde o povo simples do nordeste se refugia para rezar e
acalentar sua alma nos brindou com mulheres notáveis, mães, amigas, esposas,
profissionais que nos fazem parafrasear Erasmo Carlos: Somos dependentes e
carentes da força da mulher. Canindé nos presenteou, também com um ser humano,
que na sua humildade, nos mostrou que a paz interior e a afetividade, a família,
são valores que devem ser cultivados. Esse amigo é assim: Um ser que se recusa
a cortar o cordão umbilical que o une a irmã e a tia.
Já Barbalha,
nos envia um mestre sagaz, filosófico, um artista das palavras, sempre pronto a
ajudar, a contribuir.
De Limoeiro do
Norte, temos o amigo atento, conselheiro, firme em suas convicções, semblante
fechado, mas de coração aberto às boas causas.
Fortaleza e
Pacatuba, nos trás um grupo eclético, que une beleza, intelectualidade, charme,
elegância, compromisso e sensibilidade. Ainda falando da capital Alencarina é
mais do que necessário falarmos de um guerreiro amigo, pesquisador,
investigador, pai e esposo que ama sua prole. Esse amigo tem um dom especial:
Nasceu para exaltar e reconhecer o que o ser humano tem de melhor, não se
elogia, mas aponta sempre os nossos trabalhos como uma pesquisa relevante a
sociedade.
Chegamos ao
Pará, que geograficamente e culturalmente e um gigante que lá no “topo”, no
norte, nos dá a dimensão do que é uma pluralidade de cultura. Pois bem! Esse povo
admirável esta sendo representado no mestrado por três mulheres que expressam a
exuberância dos nortistas, a garra de um povo que não se cansa de lutar, que
segue o que deixou plantado o sindicalista acreano Chico Mendes, onde a luta
por um sonho é um direito, torna-lo realidade é um compromisso.
De São Benedito,
temos educadores sonhadores, comunicadores a quebrar tabus. Homens-meninos que
brincam com a arte de viver.
Aos nossos
mestres só temos a agradecer, por nos situar, por nos mostrarem que um título
não nos fará pessoas indiferentes com os amigos de nosso meio, e nem soberbos
ao pensarmos que sabemos de tudo, que somos os tops.
Do Paraguai,
conhecermos um povo disposto a nos colocar no contexto desse país que nos
acolhe como filhos dessa pátria.
Por fim,
estamos aqui por uma causa: Fazer o sonho acontecer, pois um sonho é a essência
daqueles que acreditam em um mundo sem fronteira no aspecto respeito às
diferenças, é a compreensão de que Deus faz parte desse caminho.
Domingos Teles
Assunção, 26 de Julho de 2013.