sexta-feira, 26 de julho de 2013

Lembranças na noite fria de Asunción....
A noite gelada de Asuncion (agora são 2:46 da madrugada de domingo e não consigo dormir, pois a saudade me consome) me trás lembranças de minha infância nas noites frias de S. Benedito, qdo eu sonhava acordado esperando ouvir minha mãe batendo na porta, pois havia chegado de Fortaleza eu ia lhe dar um enorme abraço. Lá, naquela época, meu sonho foi frustrado, aqui meu sonho fica mais perto de se concretizar, é mais uma etapa dessa caminhada q abracei em 2012 e q só termina em 2014. O menino danado da rua Eliazar Gomes, arrebentado de saudade da mãe e carente de um pai q o protegesse, hoje é um homem, q mesmo lutando contra os traumas q o pertuba (só Deus sabe quanto), q acredita na vida, no amanhã, na alegria, na boa luta, na paz. Um homem convicto q nada me afastará dos meus objetivos, pois neles pesam a responsabilidade e o amor a minha família (ceissa teles, laíses teles, guga teles, herbert teles, kayky teles e simone). O vento frio de Asuncion bate no meu rosto para lembrar q não devo fracassar, me instiga não a enfrentá-lo, e sim enfrentar o cansaço, a fadiga, a saudade, a insônia. Fala baixinho, quase assobiando: Esquece o passado, enfrenta teus fantasmas, reage, não deixa a fraqueza de vencer, deixa o dia raiar, fala pra ele q estás vivo, q estás pronto para vencer mais um leão. O frio, o menino, o homem, os traumas, os fantasmas, o passado, porém nunca me permitirei ser um farrapo humano!

Prof. Domingos Teles, Asuncion 21 de julho de 2013.

A economia não diz o que um povo é...


Senhores, o Paraguai não é uma republiqueta.

O estereotipo que criamos a respeito do povo paraguaio é muito em função da nossa economia em relação a economia dessa nação. É quase que unânime por parte de nós, brasileiros, a percepção equivocada de que devido uma economia estagnada, o povo vive numa republiqueta, onde impera a ignorância e a ingovernabilidade, ou seja, uma 'terra sem ninguém'. Não, Senhores! Esse povo é alucinado por seu país, é nacionalista, é amante de sua pátria. É um povo que não perde a esperança, que trabalha honestamente e preserva sua cultura. O taxista, a camareira, o gari, para citar alguns exemplos, sabem a sua história, defende sua etnia. O Brasil não pode se comportar como uma nação imperialista em relação aos seus vizinhos 'pobres', não podemos esquecer que na visão dos países ricos, ainda somos a 'república das bananas'.



Minha Saudade ...

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Minha saudade só não é maior q minha vontade de crescer como educador, pessoa e profissional. Sei dos desafios q tenho que enfrentar até chegar ao meu sonho, sei que tenho o apoio de minha família, dos meus amigos, das pessoas q sabem o quanto me dedico, o quanto amo o que faço. Aqui a saudade só não é maior que a vontade de de crescer para, de alguma forma, ajudar minha comunidade, minha região: o chão que piso e tenho raízes, identificação, paixão. A saudade só não é maior q o desejo q acalento desde criança, que o de me tornar um grande profissional da Educação e usar isso a serviço do bem, a serviço da vida, da paz. A saudade só não é maior que meu amor pela sala de aula, que minha maneira de de dizer a Deus: obrigado Senhor por ter-me colocado nesse solo sagrada do conhecimento. A saudade só não é maior q a minha fé em Deus, esse Ser q já me perdoou tantas vezes e sempre me diz que eu consigo, basta acreditar e lutar. A saudade, ah! Ela é uma companheira q me fortalece e é uma prova que estou vivo e q portanto as possibilidades estão ao meu alcance.

Asuncion, 20 de julho de 2013.
Um homem e a plaza Uruguai...


Um homem caminha na Plaza Uruguaia, por ele passam carros que levam pessoas que ele não conhece, e ele pensa que também desconhece seus limites. Ao seu lado está uma grande cerca de ferro, sólida como o sua convicção, fria como sua indiferença aos q não acreditam no ser chamado homem. Na Plaza Uruguay ele avista grandes árvores, ele pensa mais uma vez: Teu silêncio, tua grandeza, tua imponência me dar a certeza que os corações calados podem triunfar, q grande é aquele q observa e faz poesia ao relento, q não precisa gritar para ser visto, a natureza só grita quando é agredida. Ao longo do seu caminhar, na Plaza Uruguai, ele logo ver uma longa fila de táxi de Asuncion, ele imagina: O táxi simboliza minha viagem ao mundo q sonho, a fila é a estrada que trilho sem medo de fraquejar. Na plaza, ele se depara com uma poça de água q acabara de se formar com a fina chuva q caía na charmosa Asuncion, num reflexo ele pula na poça da plaza q podia ter sido formada pelas lágrimas que caem do seu rosto queimado do frio de 4 gruas do impiedoso inverno paraguaio. Ele olha de relance para a água na calçada da plaza e ver que ela reflete o seu rosto repleto de esperança, um dom quixote moderno que não luta contra moinhos, luta para fazer do seu caminho a estrada que o levará a paz sem temor. Na Plaza uruguaia um homem caminha, sonha pensa, flerta com o futuro, desafia o sereno castigador de um inverno q ele guardará para sempre no seu coração de um 'menino' estudante estrangeiro sonhador na bela asuncion. Ese hombre da Plaza soy yo!

Domingos Teles . Asuncion, 23 de julho de 2013.
O rio que passa...

O rio que passa ao lado da cidade de Asuncion leva a água da vida, a água da energia da Gigante Itaipu. O rio que passa e torna essa Asuncion mais charmosa leva a água política, que deságua no Gigante de ferro e cimento, se torna a água que expulsa, que inunda, que flexa o coração do indígena, que o o torna indigente do homem que constroi o Gigante armado no meio da mata. A água do rio que passa na querida Asuncion, chega a grande área verde e alaga história, sonhos, comunidades, dignidade, respeito a fauna e a flora e sufoca a solidariedade. A água do rio que passa ao lado da exuberante Asuncion, chega ao Gigante sem emoção, o Gigante físico que gera energia, 'progresso' que 'ilumina' o mundo de muitos e escurece o mundo de tantos outros irmãos da natureza, de um povo que clama justiça e respeito a uma Carta chamada Constituição, que para esse povo que perde sua identidade é conhecida como uma Gigante de pés de barros, onde na visão da sensatez essas Gigantes Fábricas de energia são obras que agridem, que maltratam, que tem 'coração' de pedra e 'olhar' que não afaga.

Domingos Teles. Asuncion, 25 de julho de 2013.
Crônicas de Asunción
Uma sala, uma turma e muitos sonhos. Mas o que são sonhos, se não as aspirações que objetivamos para nossa vida pessoal e profissional, muito mais que desejos, são afirmações de algo que pretendemos tomar realidade, não para satisfazer um ego, mas para nos tornar, no nosso caso, agentes do conhecimento com uma propriedade mais ampla na missão de educador.
Somos uma turma, e como tal temos nossas particularidades, nossos anseios nossas experiências de vida.
Vamos às impressões captadas sobre esses guerreiros e guerreiras do mundo fascinante chamado educação. Iniciamos com a cidade de Redenção; Essa cidade não nos deu somente o exemplo de liberdade, da coragem de dizer não ao absurdo do cativeiro humano, ela nos deu seis pérolas que nos conquistaram pelo dinamismo, simpatia, inteligência, simplicidade e solidariedade.
Canindé, terra da religiosidade, onde o povo simples do nordeste se refugia para rezar e acalentar sua alma nos brindou com mulheres notáveis, mães, amigas, esposas, profissionais que nos fazem parafrasear Erasmo Carlos: Somos dependentes e carentes da força da mulher. Canindé nos presenteou, também com um ser humano, que na sua humildade, nos mostrou que a paz interior e a afetividade, a família, são valores que devem ser cultivados. Esse amigo é assim: Um ser que se recusa a cortar o cordão umbilical que o une a irmã e a tia.
Já Barbalha, nos envia um mestre sagaz, filosófico, um artista das palavras, sempre pronto a ajudar, a contribuir.
De Limoeiro do Norte, temos o amigo atento, conselheiro, firme em suas convicções, semblante fechado, mas de coração aberto às boas causas.
Fortaleza e Pacatuba, nos trás um grupo eclético, que une beleza, intelectualidade, charme, elegância, compromisso e sensibilidade. Ainda falando da capital Alencarina é mais do que necessário falarmos de um guerreiro amigo, pesquisador, investigador, pai e esposo que ama sua prole. Esse amigo tem um dom especial: Nasceu para exaltar e reconhecer o que o ser humano tem de melhor, não se elogia, mas aponta sempre os nossos trabalhos como uma pesquisa relevante a sociedade.
Chegamos ao Pará, que geograficamente e culturalmente e um gigante que lá no “topo”, no norte, nos dá a dimensão do que é uma pluralidade de cultura. Pois bem! Esse povo admirável esta sendo representado no mestrado por três mulheres que expressam a exuberância dos nortistas, a garra de um povo que não se cansa de lutar, que segue o que deixou plantado o sindicalista acreano Chico Mendes, onde a luta por um sonho é um direito, torna-lo realidade é um compromisso.
De São Benedito, temos educadores sonhadores, comunicadores a quebrar tabus. Homens-meninos que brincam com a arte de viver.
Aos nossos mestres só temos a agradecer, por nos situar, por nos mostrarem que um título não nos fará pessoas indiferentes com os amigos de nosso meio, e nem soberbos ao pensarmos que sabemos de tudo, que somos os tops.
Do Paraguai, conhecermos um povo disposto a nos colocar no contexto desse país que nos acolhe como filhos dessa pátria.
Por fim, estamos aqui por uma causa: Fazer o sonho acontecer, pois um sonho é a essência daqueles que acreditam em um mundo sem fronteira no aspecto respeito às diferenças, é a compreensão de que Deus faz parte desse caminho.


Domingos Teles

Assunção, 26 de Julho de 2013.